Apresentações culturais e palestras marcam Encontro Estadual do Proler



 Fonte: http://www.educacao.rn.gov.br/contentproducao/aplicacao/seec/imprensa/enviados/noticia_detalhe.asp?nImprensa=0&nCodigoNoticia=33594

Com as canções "Se essa rua fosse minha" e "Borboleta pequenina", a professora Dorinha e os meninos dos "Humanecentes" deram início nesta terça-feira (28) ao XVI Encontro Estadual do PROLER, que teve como tema – "Memórias de Leituras Docentes: contribuições para a formação leitora". O evento ocorreu até esta quarta-feira (29), no Auditório Angélica Moura, da Secretaria de Estado da Educação de da Cultura.

A apresentação do grupo também contextualizou a importância de se atentar para o mundo em que queremos viver, desde cedo, fazendo referência ao livro "Mundo para que te quero" da professora Salizete Freire Soares. A obra concorre este ano ao prêmio Jabuti de literatura na categoria infanto-juvenil. Salizete Freire esteve no local autografando o livro.

Em seguida, a professora Cláudia Maria Gomes de Araújo, da Escola Estadual Presidente Roosevelt, apresentou o projeto que desenvolve com alunos do ensino médio, Cafeteria Sabor Literário. Este tem o intuito de despertar jovens para a necessidade de conhecer mais obras literárias do século XIX e XX, do Romantismo, Parnasianismo e Realismo. De forma teatral, os alunos recitaram a temática do amor, de autores como Gonçalves Dias, Castro Alves e Olavo Bilac.

Assistiram atentamente as apresentações, o secretário-adjunto de educação, Joaquim Oliveira e a coordenadora de Desenvolvimento Escolar (CODESE), Isabel Pinheiro. A professora se mostrou entusiasmada com a apresentação dos meninos, destacando a importância da continuidade de projetos incentivadores de leitura. "Momentos como esses são capazes de sensibilizar qualquer pessoa. Gostaria de parabenizar professores e alunos, depois fazer um pedido para que continuem com esse tipo de ação", destacou.

Já o secretário-adjunto foi mais a fundo e disse que relembrou sua infância ao receber o convite do evento. Para ele, nós somos o que lemos, e só se pode passar para alguém o que leu se houver um aprendizado efetivo. Joaquim Oliveira fez também um apelo àqueles mediadores e incentivadores da leitura, os professores. "Leiam mais para ensinar mais, o papel da educação é fazer o outro enxergar, e só a leitura pode proporcionar tal objetivo", disse.

A professora doutora Alessandra Cardozo Freitas, do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), corroborou com a fala do secretário adjunto iniciando a palestra "Memórias de Leituras dos Docentes: contribuições para a formação leitora", em que enfatizou a memória como meio para desenvolver novos leitores.

Para sustentar sua tese, Alessandra Freitas citou o livro "A importância do Ato de Ler", de Paulo Freire e desenvolveu a argumentação do autor em três atos: chão de casa, na escola e o professor. O primeiro fala da experiência inicial que Paulo Freire teve com a leitura na areia do chão da própria casa. O segundo o que ele chama de "escola mundo", que tem contato com regras gramaticais e uma variedade maior de temas sociais. E por último, quando foi professor, relembrando através da memória todos os passos citados e ensinando o que aprendeu aos seus alunos.

A especialista concluiu que as memórias de leitura influenciam no modo de compreender e ensinar a mesma leitura. E finalizou com o mesmo pedido feito pelo secretário-adjunto: ler mais para ensinar mais.

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